SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIRACICABA

14 de novembro é Dia Mundial de Prevenção ao Diabetes

13 de novembro de 2012 • Coordenação DAF

 

Amanhã, 14 de novembro, é celebrado o dia mundial de prevenção ao Diabetes. Para marcar a data, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Atenção às Doenças Metabólicas (Cadme) e o Núcleo de Apoio e Educação em Saúde (Naes) realizará um evento no Terminal Central de Integração (TCI).

 

A população que passar pelo local poderá aferir a pressão arterial e medir a taxa de glicemia, além de receber orientações sobre a doença e o tratamento. As atividades terão apoio da Coordenadoria de Programas de Alimentação e Nutrição (Cpan) e acontecem das 8h às 12h.

 

O médico endocrinologista do Cadme, Fabio Eduardo Pessotti, disse que o Centro atende em média 240 pacientes/ mês portadores de diabetes, já com diagnóstico e em tratamento medicamentoso.

 

Pessotti explicou que “é uma tarefa árdua e difícil de manejar pela falta de compreendimento do paciente em saber as conseqüências da doença, que é silenciosa e em alguns casos estão assintomáticos e já vêm para o ambulatório com alguma complicação renal ou ocular ou neuropática”, completou.

 

 A missão do Cadme é tratar o paciente como um todo e não somente a doença. Ainda não existe cura, mas é possível prevenir as complicações com orientações de mudança comportamental do estilo de vida, dieta adequada, atividade física rigorosa e medicamento. Para o endocrinologista, pode-se dizer que “o que o olhos não vêem, o coração, o rim e nervos sentem”, por isso a prevenção ainda é o melhor remédio para se ter boa qualidade de vida.

 

O que é Diabetes?

(Por Fabio Eduardo Pessotti – Médico Endocrinologista)

 

 Diabetes mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da resistência à sua ação, ou seja, é a incapacidade da insulina de exercer seus efeitos adequadamente. Caracteriza-se por níveis de glicose plasmática elevados (hiperglicemia) e distúrbios do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas.

 

 A doença está associada a complicações agudas (como a cetoacidose diabética, em situações de extrema deficiência da ação insulínica) e complicações tardias, acometendo olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos, frequentemente incapacitantes para a vida ou causando invalidez.

 

 Diabetes e su  as complicações comprometem a produtividade, a qualidade de vida e a sobrevida dos indivíduos (reduzem a vida em até 1/3), sendo ainda responsáveis por alta taxa de morbidade e mortalidade neonatal. O aumento da incidência mundial de diabetes, está relacionado à crescente obesidade e ao sedentarismo.

 

 A classificação do diabetes segundo os critérios da Associação Americana de Diabetes e Sociedade Brasileira de Diabetes baseia-se no processo patogênico, são as diabetes tipo 1 e 2. O tipo 2 é o mais frequente, compreendendo cerca de 90% dos casos.

 

Diabetes Mellitus – Tipo 1

 

 A destruição das células beta pancreáticas causa deficiência absoluta de insulina. Ocorre em 10% dos diabéticos, preferencialmente crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos. Há associação familiar em apenas 5-6%.

 

 A progressão da doença é variável, sendo rápida na criança (onde a dependência de insulina é total desde a sua manifestação) e mais lenta no adulto (muitas vezes necessitando da insulina apenas após vários anos de doença, mimetizando às vezes o diabetes tipo 2) .

 

O diabetes autoimune raramente se manifesta antes dos seis meses de idade. Assim, no diabetes do recém-nascido ou muito precoce, principalmente com autoanticorpos negativos, deve-se buscar outras causas para a doença, como por exemplo, o diabetes gestacional.

 

Diabetes mellitus – Tipo 2

 

 No diabetes mellitus tipo 2 a incidência aumenta com a idade, sendo de 1,5% em adultos entre 20 e 39 anos e de 20% após os 75 anos. Apresenta graus variados de deficiência e resistência à ação da insulina.

 

 A severidade e o grau de contribuição destas anomalias é variável e estão relacionados à diversidade da expressão metabólica do diabetes. Enquanto no paciente magro a deficiência da secreção insulínica é o fator prevalente, no obeso predomina a resistência à ação do hormônio. O componente genético no diabetes tipo 2  é muito atuante; o risco familiar chega a 40% quando os dois pais são diabéticos

 

 O tratamento visa a correção das principais alterações do diabetes, com sensibilizadores e estimuladores da secreção de insulina, além das co-morbidades presentes na síndrome metabólica.

 

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