SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIRACICABA

PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA – Saúde esclarece principais dúvidas sobre varíola dos macacos

9 de agosto de 2022 • Felipe Poleti

O controle da monkeypox (varíola símia), também conhecida como varíola dos macacos, está em constante monitoramento pelas Secretaria de Saúde que analisa diuturnamente a situação epidemiológica para orientar as ações de vigilância e resposta à doença na cidade, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e Governo do Estado de São Paulo.

Causada por um vírus, os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas. A transmissão ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados. A transmissão por meio de gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, por isso, trabalhadores da saúde, membros da família, parceiros e parceiras têm maior risco de contaminação, motivo pelo qual recomenda-se, também, a utilização de máscara nestas situações.

 

O que é a varíola dos macacos?

Resposta: A varíola dos macacos é uma doença viral, causada por um vírus, que foi diagnosticada e identificada pela primeira vez no século passado, na década de 60, que não tem nada a ver com macacos. Na verdade, ela foi identificada primeira nos macacos e, por isso, ficou conhecida no mundo científico como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental. Ao longo da história da saúde pública mundial, nós tivemos alguns surtos de varíola dos macacos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas surtos curtos, com poucos casos. O que nós estamos vivendo agora é o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus que causa a varíola dos macacos.

 

Quais são os principais sintomas?

R: A doença começa, quase sempre, com uma febre súbita, forte e intensa. O paciente também tem dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços popularmente conhecidos como “ínguas”), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região perigenital. A manifestação na pele é chamada de papulovesicular uniforme, que são feridas ou lesões pelo corpo.

 

Como ocorre a transmissão?

R: A principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por meio do contato. Esse contato acontece por pele/pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado que você tenha contato. Por isso, é extremamente importante pensarmos que, uma vez que o paciente está infectado, com o diagnóstico laboratorial concluído, esse paciente fique em isolamento e que todo seu material de roupa de cama, roupas, lençóis e objetos pessoais passem por um processo de higienização, de fervura, de lavagem com água e sabão para, dessa forma, impedir a transmissão.

 

Como as pessoas podem se proteger?

R: A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas. Lembrando que a principal forma de transmissão ocorre através do contato pele/pele, pessoal, ou obviamente através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos.

 

O que fazer se eu estiver doente?

R: Ao aparecer quaisquer sinais ou sintomas como febre alta e súbita, dor de cabeça, aparecimento de gânglios, procure um médico na unidade básica de saúde. Procure seu médico, porque ele terá a capacidade de te examinar, fazer o diagnóstico e a condução clínica necessária.

 

Quais são as diferenças entre a varíola dos macacos e a varíola humana?

R: A varíola humana é uma doença erradicada no nosso país há muitos anos, enquanto a varíola dos macacos é semelhante, porém, é uma outra doença. São dois vírus diferentes, causam sintomas relativamente parecidos, mas são doenças absolutamente distintas.

 

Como é o tratamento da varíola dos macacos?

R: O tratamento da varíola dos macacos, em geral, é o que chamamos de tratamento de suporte. Geralmente, o paciente precisa de uma boa hidratação, se estiver com dor de cabeça tomar um remédio analgésico, se estiver com febre, tomar um antifebril e, fundamentalmente, a higienização das lesões.

 

Em quais casos o paciente deve fazer o teste?

R: Em caso suspeito, o paciente vai procurar um médico e esse profissional vai seguir um fluxo laboratorial e vai indicar a coleta do exame para fazer o teste. O diagnóstico da doença é realizado por teste molecular ou sequenciamento genético.

 

Onde os testes são processados?

R: As amostras são coletadas e enviadas para um dos quatro laboratórios de referência do Brasil, para o exame e resposta ao paciente em tempo oportuno.

 

Como o Ministério da Saúde está atuando na questão das vacinas?

R: Existem atualmente duas empresas que produzem essas vacinas. Uma empresa utiliza um método de aplicação chamado escarificação e a outra por injeção intramuscular. Nós entendemos que o melhor método de aplicação é o intramuscular. O Ministério está em tratativas com a OPAS e OMS para aquisição de doses para a nossa população. Nós estamos, em uma primeira análise, trabalhando com um quantitativo de aproximadamente 50 mil doses iniciais, a depender da capacidade de produção da empresa e da capacidade de aquisição. A OPAS está em tratativas com o fabricante para que, o mais breve possível, essas vacinas estejam disponíveis.

 

Com informações do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde

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