A Secretaria da Saúde concluiu a programação de arrastões de combate ao mosquito transmissor da dengue. Desde agosto do ano passado foram realizados 18 arrastões, sempre aos sábados, e 21 ações promovidas pelos profissionais das unidades de PSF (Programa Saúde da Família). A iniciativa recolheu 258,56 toneladas de materiais inservíveis que poderiam se tornar criadouros do Aedes aegypti, tais como latas, garrafas, pneus, vidros, vasos sanitários, sofás, carcaças de móveis, pias, baldes, materiais recicláveis em geral, vasos e pratos de plástico, lonas e tambores.
Nos arrastões promovidos aos sábados, 36.496 imóveis receberam a visita dos agentes. Na semana que antecedia cada ação os moradores eram orientados, por meio de folhetos e carro de som, a colocar os materiais na calçada. Além dos profissionais da Saúde, participam do evento a Sedema (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente), Sema (Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento), Semob (Secretaria Municipal de Obras) e Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto).
Já as equipes dos PSF percorreram as casas de sua região de abrangência para orientar moradores e recolher materiais inservíveis. Para concluir a programação elaborada pela coordenação do Plano Municipal de Combate à Dengue (PMCD), resta apenas o arrastão do PSF Algodoal, que ocorrerá na próxima segunda-feira (20).
O cronograma de arrastões foi antecipado em 70 dias com o objetivo de intensificar a remoção dos criadouros do mosquito transmissor da doença. Além disso, nesta temporada a Secretaria promoveu de forma inédita uma ação conjunta das unidades do PSF, que fazem arrastões também em suas áreas de atuação e orientam a população sobre a importância da eliminação dos criadouros para a redução dos casos de dengue. “O combate à dengue é um dever de todos e não apenas do prefeito, secretário e profissionais da Saúde. A população tem que entender que precisa fazer a sua parte e que a eliminação dos criadouros do mosquito é o melhor caminho para colaborar para reduzir a incidência da doença em nossa cidade”, ressaltou o secretário da Saúde, Pedro Mello.
Ao longo de 2013 a Secretaria da Saúde promovou outras ações para orientar a população da melhor maneira de combater a dengue. O público mais abordado foi de jovens. A equipe do PSF IAA 2, por exemplo, realizou palestras para os alunos da Escola Prof.ª Catharina Casale Padovani. Na ocasião, o orientador pedagógico do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Márcio Ermida, explicou como o vírus da doença é transmitido e que a melhor forma de acabar com a dengue é eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. “40% dos criadouros estão nos pratos de plantas. A orientação não é mais colocar areia no prato, uma vez que os ovos sobrevivem por até dois anos até que entrem em contato com a água e liberem os ovos. O mais indicado mesmo é jogar esse pratinho fora ou furá-lo para que a água não fique acumulada. O prato não é necessário para manter a planta, serve apenas para deixar a água parada.”
A dengue está em Piracicaba há cerca de 15 anos. A doença chegou a ser erradicada do Brasil em 1957, mas, em 1967 voltou devido aos hábitos errados. “Se cada um fizesse a sua parte de eliminar criadouros, não teríamos mais dengue. Morrer de dengue hoje é como morrer atropelado embaixo de uma passarela. Se morre por falta de atenção, por falta de cuidado. O pior é que os que não fazem sua parte podem ajudar a matar quem cuida de seu quintal”, exemplificou o orientador do CCZ na ocasião.
