SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIRACICABA

Ataques de escorpiões aumentam no verão

5 de janeiro de 2017 • Coordenação DAF
 
Com a chegada do verão e as fortes chuvas da estação, aumenta o risco de picadas de escorpiões, porque eles são desalojados pelas cheias de seus habitats naturais, como margem de rio e ribeirões, bem como das galerias pluviais, e acabam invadindo espaços domésticos.
 
De acordo com a médica veterinária e coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Eliane Carvalho, há também o aumento do número desses aracnídeos no início no ano do ano, porque sua fase de reprodução vai de outubro a abril.
 
"Quando os escorpiões são desalojados, eles procuram novos abrigos mais frescos e acabam se escondendo em caixas de brinquedos, embaixo de tanques de lavar roupa, de tapetes, entre outros", explica Eliane.
 
Por isso, segundo a espcialista, a maior preocupação deve ser com as crianças, particularmente vulneráveis aos efeitos dos ataques desses animais, uma vez que 60% das vítimas fatais estão na faixa etária abaixo dos 14 anos.
 
No Brasil, ocorrem mais de 90.000 picadas de escorpiões por ano, segundo informações oficiais. Por isso, o melhor a fazer em caso de picada é a vítima passar algumas horas em observação em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), a fim de que se possa analisar sua evolução e a necessidade de administrar o soro específico para o caso.
 
No entanto, uma porcentagem mínima (em torno de 3% a 5%) das pessoas atacadas pode desenvolver um quadro mais grave, apresentando desde sintomas como náuseas, vômitos, sudorese profusa e até acometimento cardiorrespiratório, levando à edema aguda de pulmão e choque, o que pode resultar em morte.
 
No trabalho preventivo em Piracicaba, o CCZ faz captura escorpiões vivos nos dois cemitérios públicos da cidade, que são enviados ao Instituto Butatan para produção de soro. “O alimento preferido dos escorpiões na zona urbana é a barata”, explica Eliane Carvalho. “Portanto, é indicado o combate às baratas para evitar escorpiões em casa”, enfatiza. 
 
Quando há necessidade de orientações sobre como proceder para combater escorpiões, esse serviço é desenvolvido pela Secretaria de Saúde, via CCZ, e as soliciatações podem ser feitas pelo fone 156. 
 
CUIDADOS
 
No caso de picada de escorpião, é necessário ir à UPA mais próxima e o mais rápido possível, para iniciar o tratamento e evitar complicações.
 
Assim, logo após a picada deve-se: 
1. Limpar o local com água e sabão;
2. Ir no pronto socorro mais próximo;
3. Aplicar compressa limpa e morna sobre a picada enquanto aguarda socorro, porque alivia a dor.
 
Se não puder fazer estes passos, deve apenas aguardar socorro e não mexer na lesão, procurando controlar a ansiedade através de respirações profundas.
 
Além disso, se for possível, pode-se levar o escorpião ou uma foto dele para a UPA, porque ajuda na identificação da espécie e a confirmar a gravidade da picada.
 
Depois de uma picada de escorpião:
1. Não se deve aplicar gelo ou compressa fria porque aumenta a dor;
2. Não se deve fazer torniquete, porque o sangue precisa circular;
3. Não se deve aplicar nenhum tipo de produto sobre a picada, como álcool ou ervas;
4. Não se deve fazer curativos, pois podem causar infecção;
5. Não se deve cortar, furar ou queimar a lesão.
 
Principais sintomas causados pela picada de escorpião
  • Dor muito forte, que é semelhante a uma queimadura ou agulha e que aumenta quando se toca no local da picada;
  • Latejamento e formigamento no local da picada;
  • Inchaço no local da picada e círculo avermelhado à volta da lesão;
  • Suores intensos, arrepios, lacrejamento e nariz escorrendo;
  • Palidez e sonolência;
  • Vômitos;
  • Contrações musculares;
  • Batimentos do coração diminuídos e pressão baixa;
  • Temperatura corporal baixa.
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