SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIRACICABA

Fábrica de biotecnologia deve ficar pronta em outubro

11 de agosto de 2016 • Coordenação DAF
 
A sede da empresa inglesa Oxitec – que produz o mosquito geneticamente modificado para combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chicungunya – em Piracicaba deve ficar pronta em outubro. Ela está sendo instalada em uma área de 5.000 metros quadrados, no complexo de galpões da empresa TRX, localizado em frente ao Clube da Caterpillar. 
 
Atualmente, mais de 100 funcionários trabalham intensamente no local para a conclusão da estrutura física da planta. Responsável pela obra, o engenheiro da Oxitec, Daniel Khury Walger, afirma que a próxima etapa será a instalação e teste dos equipamentos. O ritmo acelerado nas obras visa a garantir o cumprimento do cronograma, uma vez que faltam apenas dois meses para a fábrica entrar em operação.
 
A cadeia de produção de mosquitos é dividida em dois módulos e produzirá, em sua capacidade máxima, 60 milhões de machos por semana, quantidade suficiente para proteger uma população de 1,5 milhão de pessoas. A previsão é que trabalhe na unidade uma equipe de até 200 profissionais de alta qualificação. 
  
A Oxitec teve origem em uma incubadora de tecnologia na Universidade de Oxford, na Inglaterra, e desenvolveu uma técnica de transmissão de um gene para o mosquito Aedes aegypti que estimula a superprodução de uma proteína que impede os descendentes de chegar à idade adulta. Sendo assim, a técnica faz o controle populacional do mosquito selvagem e a consequente redução das doenças por ele transmitidas.
  
“Trata-se de passo consciente do nosso governo em busca de parceiros que agreguem valor ao nosso trabalho de combate ao Aedes aegypti. A instalação da fábrica em Piracicaba estabelece um novo patamar de intercâmbio de Piracicaba com os países considerados desenvolvidos. Como exemplo temos a viagem recente que realizamos à Inglaterra a convite da Oxitec para conhecermos o processo de desenvolvimento do mosquito transgênico, conhecido como Aedes do Bem. Isso fortalece nosso parque produtivo, bem como nossas instituições de ensino, em especial a Esalq, cujos alunos terão mais possibilidades de avançar em seus estudos interagindo com um novo mercado de biotecnologia”, observou o prefeito Gabriel Ferrato.
 
 
De acordo com o secretário de Saúde de Piracicaba, Pedro Mello, a parceria entre a prefeitura e a Oxitec revela o pioneirismo de Piracicaba ao enfrentar esse grave problema que está preocupando o mundo todo: o Aedes aegypti, vetor de transmissão da dengue, Zika e Chicungunia, além de causador da microcefalia em bebês, uma das consequência da Zika em gestantes. 
 
“Preocupado com esse momento crítico da saúde pública local e mundial, que exige o combate do vetor dessas doenças não apenas com os métodos convencionais – cuja capacidade se demonstrou insuficiente –, mas também com novas tecnologias, fomos em busca de parceiros que estão avançados no campo da biotecnologia e encontramos a Oxitec”, explicou Pedro Mello. 
 
Segundo o secretário, foi um achado valioso, “porque além do controle do Aedes aegypti na cidade, com o uso do Aedes do Bem, como vem ocorrendo, conseguimos também convencer a empresa a se instalar em Piracicaba, gerando empregos qualificados, parcerias estratégicas e a inserção do município como interlocutor importante no plano global para se discutir o combate ao Aedes aegypti, devido às experiência que estão sendo desenvolvidas aqui”, concluiu Pedro Mello.
 
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