Os médicos da Residência Médica têm contribuído permanentemente para a melhoria do atendimento humanizado na Rede Pública de Saúde. Atualmente, são 46 atuando nas mais diversas especialidades escolhidas para desenvolverem seus estudos. Acompanhados por preceptores, o olhar pedagógico que trazem consigo é importante não apenas pela natureza acadêmica, mas também pela dimensão integrada da complexa estrutura de serviços disponíveis à população atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesse sentido, fortalecem a relação médico-paciente quando estão atuando nas UBSs, CRABs e USFs, como também tentam consolidar essas unidades da Atenção Básica junto aos seus usuários como portas de entrada da família à rede. Quando a Residência Médica faz interface com as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), esses mesmos residentes, ao atuarem nas UPAs, têm a oportunidade de entender em profundidade o que leva os pacientes aos serviços de urgência e emergência.
Com essas informações e a experiência adquirida, quando voltam à Rede de Atenção Básica, têm um olhar diferenciado para desenvolver na prática o aprendizado pedagógico das diversas linhas de cuidado na assistência à saúde e sugerir correções na abordagem ao paciente. Ou seja, a vivência em cenários distintos permite a eles perceberem o que está faltando na Atenção Básica para resolver o problema do paciente que foi à UPA. Em síntese, o olhar integrado de ambientes distintos permite a prestação de uma melhor assistência à população.
Muitas vezes, o paciente que procura a UPA é o mesmo paciente que o residente atende na Atenção Básica. Quanto isso acontece, fica mais fácil compreender os motivos desse trânsito em níveis distintos de atendimento e fazer os ajustes na conduta médica, corrigindo falhas até então não identificadas. Essa dimensão prática-pedagógica da Residência Médica tem trazido uma nova dinâmica em toda a rede, com melhorias contínuas e consistentes.
De acordo com o secretário de Saúde, dr. Pedro Mello, essa relação fina da Residência Médica com a rede pública de saúde tem contribuído inclusive para o enfrentamento da crise econômica que atingiu o país. “Mesmo com a falta de recursos e a queda nos repasses federais ao município, conseguimos manter qualidade de atendimento tanto na Atenção Básica como nas Unidades de Pronto Atendimento”, afirmou.
