Aos poucos, o Programa Mais Médicos, do Governo Federal, vai ganhando nova configuração após a saída dos intercambistas cubanos das Unidades de Saúde da Família (USFs). De acordo com o Ministério da Saúde (MS), as 22 vagas disponíveis em Piracicaba já foram preenchidas por médicos brasileiros, que devem começar a trabalhar até o dia 14 de dezembro.
Na semana passada, uma profissional se apresentou à Atenção Básica e assumiu na segunda-feira (26/11) a USF Boa Esperança II. Outros dois profissionais se comprometeram a assumir seus postos ainda nesta semana. Além desses, vários ligaram confirmando a intenção de ingressar à rede. A expectativa da Secretaria de Saúde é que o processo de contratação se dê gradativamente. Caso as vagas não sejam supridas dentro do prazo definido, novos editais serão abertos.
Para enfrentar a transição, a pasta traçou várias estratégias. Pacientes das USFs que precisam de atendimento médico com prioridade para clinica geral, ginecologia e pediatria estão sendo encaminhados às UBSs e CRABs. Mutirões para clínica geral estão sendo realizados aos sábados no Centro de Especialidades Médicas (Postão), atrás do Mercado Municipal. No último sábado, (24/11), por exemplo, 3 médicos se revesaram para atender cerca de 200 pacientes das USFs. No próximo sábado (01/12) haverá novo mutirão específico para esse público.
Outro detalhe importante. A própria equipe médica que faz a coordenação da Atenção Básica também voltou à ponta e vai atender durante esse período crítico pacientes das USFs mais distantes, cuja população tem dificuldades para se deslocar. O secretário de Saúde, dr. Pedro Mello, vai dar assistência na unidade de Anhumas e Ibitiruna. O dr. Luis Fernando Barbosa fará o mesmo no bairro Monte Alegre (Saúde em Campo) e a dra. Anay Ferrer estará no IAA I. Outros médicos de UBSs e CRABs também estarão fazendo coberturas nas USFs que ainda estão sem médico.
“Nosso objetivo é evitar que a população fique sem atendimento. Estamos fazendo todos os esforços possíveis para que essa transição ocorra de forma equilibrada e seja breve. Esperamos também que a população compreenda a situação e colabore. Assim, a Rede Básica de Saúde voltará à normalidade, sem prejuízo aos que mais precisam do Sistema Único de Saúde. ”, explicou Pedro Mello.
