Com índice de 0,502, Piracicaba é classificada como Eficiente, segundo o Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F), organizado pela Folha de São Paulo, publicado neste domingo, 28. Ou seja, alcança patamar de eficiência, entre as melhores cidades do Brasil no quesito gestão de qualidade e gastos em saneamento básico, saúde e educação. Piracicaba, considerando-se cidades do mesmo porte, está em 12º lugar no Estado de São Paulo e em 33º no país.
Os dados utilizados pela Folha, no entanto, estão defazados. Não levam em consideração os números da atual gestão e, no caso específico da saúde, faz um recorte que considera apenas a Atenção Básica, obtendo como resultado uma distorção grave da realidade.
Piracicaba gasta hoje 33% do orçamento global do município em saúde. O ranking usa como base de cálculo 26%. Como temos 52 PSFs, com capacidade para atender 4 mil pessoas cada; mais 11 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com capacidade para cobertura de 20 mil pessoas cada; além de oito Centros de Referência da Atenção Básica (CRABs), com capacidade de atender 40 mil pessoas cada, contabilizamos uma capacidade de cobertura muito superior à sua população. Ou seja, a capacidade de cobertura do município é mais de 100%. Mas a Folha considera uma cobertura de apenas 54%.
Outro equívoco grave do ranking é considerar apenas a Atenção Básica (AB). No caso, os municípios menores, que oferecem apenas a AB, ficam melhor no cenário de avaliação. “Mas Piracicaba tem um sistema de saúde complexo, com atenção primária, secundária e terciária. Oferecemos o atendimento médico, as medicações, as internações e as cirurgias de alta complexidades, que envolvem, além da Ambulatórios Médicos de Especialidades, dois hospitais conveniados ao SUS”, explicou o prefeito Gabriel Ferrato.
“Trata-se, portanto, de uma comparação esdrúxula e que não faz o menor sentido como critério de avaliação de eficiência”, disse o prefeito. “Por isso acho que esses números apresentados pelo ranking devem ser melhor entendidos e aprofundados para se chegar a um retrato mais fiel do que acontece. Porque se levarmos em consideração o que de fato proporcionamos à população em termos de qualidade de atendimento, estaríamos muito melhor posicionados. Inclusive porque recebemos diariamente pacientes de vários municípios pequenos da região que, por incrível que pareça, estão melhor posicionados que Piracicaba no ranking”, explicou.
Pelo Ranking, Águas de são Pedro está em 4º lugar, seguida de Rafard, em 176º, depois vem Capivari (661º), Charqueada (764º), Santa Maira da Serra (890º) e Saltinho (1033º). Todas essas cidades se beneficiam da estrutura de atendimento médico e hospitalar de Piracicaba.
Mesmo na Educação, há um sério erro de cálculo, por trabalhar com índices defasados, uma vez que a cobertura na educação infantil é muito superior ao que vem apresentado no ranking. No quesito saneamento básico, não se considera que tratamos 100% do esgoto coletado. “Se os números reais fossem usados para fazer esses cálculos, estaríamos muito melhor posicionados. Independente do ranking, temos a convicção de que estamos bem acima da média nacional nos quesitos levantados pela Folha”, enfatizou Gabriel Ferrato.
O prefeito destacou ainda o fato de Piracicaba contratar menos da metade de funcionários públicos que a média nacional. Enquanto a média é de 5.1, em Piracicaba é de 2.0. “Contratamos menos e pagamos mais, porque o nosso funcionário tem maior qualidade e produtividade. Não há inchaço, porque nossa administração é séria e responsável”, concluiu Gabriel Ferrato.
