O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) registrou o primeiro caso de morcego com raiva este ano. O animal foi encontrado no Parque Orlanda, rua Jorge Anéfalos, e recolhido pela equipe do CCZ no dia 2 de janeiro. Resultado da análise laboratorial, realizada pelo CCZ de SP, chegou ontem (05/01), no final da tarde.
De acordo com Elaine Carvalho, médica veterinária e coordenadora do CCZ, esse morcego, de hábito insetívoro, não teve contato com pessoas nem animais. “Isso não reduz o alerta para que as pessoas levem seus cães e gatos para vacinar, se eles ainda não receberam a dose em 2016. Seja em uma clínica veterinária ou no próprio CCZ”, afirmou.
No ano passado foram registrados sete casos de morcego com vírus da raiva, de um total de 484 enviados para exame diagnóstico. Este ano já foram analisados mais 5. Procedimento que se repete sempre que a equipe da CCZ é notificada e recolhe animais em situações atípicas, o que levanta suspeita de estarem doentes.
Geralmente, quando estão doentes, aparecem caídos em quintais, dentro de imóveis ou nas calçadas de ruas e praças.
Com a chegada da primavera e o aumento da temperatura, aumenta a oferta de alimento para esses morcegos. Com isso, sua população também aumenta. Consequentemente, aumenta a probabilidade de transmissão de doenças entre eles.
Esta espécie, como muitas outras, se adaptou muito bem às cidades e utilizam como abrigo as edificações urbanas, como o forro de imóveis, telhados e porões. Entram pelas frestas que encontrarem e se instalam no local formando colônias entre 10 a 65 indivíduos.
A raiva é transmitida somente pelo contato direto com o animal. Não há contaminação pelo ar, fezes ou urina. Porém, cães e gatos podem ter contato com morcegos doentes quando eles estão caídos e, se não estiverem vacinados, podem se contaminar.
O atendimento do CCZ – a rua Mandis, s/nº, no Jardim Jupiá – é de segunda a sexta, das 8h às 15 horas. Aos sábados, das 8h30 às 10h30, e das 12h às 14h30. Mais informações pelo telefone (19) 3427-2721.
Caso se encontre algum morcego caído, vivo ou morto, liguar para o CCZ para o recolhimento imediato do animal e o envio ao labortório para análise.
