SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIRACICABA

Policlínica realiza mutirão de espirometria, para diagnóstico de DPOC

14 de novembro de 2017 • Coordenação DAF
A Policlínica Santa Teresinha realizou hoje (13/11) mutirão de exame de prova de função pulmonar, também conhecido como espirometria, necessário para fechar diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Foram disponibilizados 165 exames para esta terça-feira. Outros 165 serão ofertados no dia 11 de dezembro, todos para pacientes SUS, que aguardam em fila de espera. Mensalmente são disponibilizados 30 exames na unidade, insuficientes para atender a demanda.
 
De acordo com a enfermeira Mariana Cabau Marques Lemes, coordenadora da unidade, a concentração de exames em um só dia tem a finalidade de dar celeridade ao atendimento e possibilitar também que os pacientes diagnosticados iniciem o mais rápido possível seus tratamentos. “Quanto mais rápido o diagnóstico, maior é o ganho de qualidade de vida de cada um deles”, explicou.
 
 
MUTIRÃO – O mutirão só está sendo possível por causa de uma parceria da Secretaria de Saúde com a empresa Boehringer-Ingelheim do Brasil, que enviou à policlínica equipamentos e cinco técnicos em espirometria. “Esta é uma ação que tem se demonstrado eficiente. Além da importância para a saúde pública, não gera custos adicionais à secretaria, porque a empresa parceira disponibiliza gratuitamente a tecnologia e a mão de obra”, explicou Mariana.
 
 
Para o consultor Luciano Arikawa, o DPOC acomete cerca de 1,1% da população acima de 40 anos, o que em Piracicaba significa 2.200 pessoas com probabilidade de estar com DPOC grave ou muito grave. “Só que no município, estão em tratamento com os medicamentos adequados apenas 580 pacientes. “Ou seja, temos ainda cerca de 1.600 pessoas que precisam ser diagnosticas.
 
A estimativa de Luciano é que o DPOC grave ou muito grave custa ao SUS cerca de R$ 4.200 por ano por paciente, se não diagnosticado. Além de R$ 3.500 por internação, em caso de exacerbação pela doença, o que pode gerar um custo anual para o município de R$ 6.720.000. “Por isso a importância do diagnóstico e do tratamento, que reduz esse gasto imenso do poder público com a patologia”, enfatizou.
 
O DPOC está entre problemas que mais resultam em morte no pais: Infarto, AVC, acidentes de trânsito e DPOC. “Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), é de que até 2020 o DPOC seja o terceiro colocado nesses fatos de morte, o que exige uma atenção maior à patologia”, concluiu Luciano.
 
 
Equipe de técnicos em espirometria da Boehringer, com profissionais da policínica. A segunda, da esquerda para a direita, é Mariana Leme, coordenadora da unidade. Luciano, consultor da empresa parceira, está de cinza, na frente
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