SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIRACICABA

Prefeitura orienta foliões a pular Carnaval com saúde

18 de fevereiro de 2014 • Coordenação DAF

O Carnaval chegou! Muitos piracicabanos vão às ruas e clubes pular em uma das festas mais populares do Brasil. Para que os foliões vivam a alegria da data sem chegar na quarta-feira de cinzas com dor de cabeça, a Secretaria Municipal da Saúde dá algumas dicas simples que podem fazer toda diferença. As principais orientações são não deixar de beber líquidos, dormir bem, usar protetor solar, chapéu e óculos, se alimentar corretamente e não abra mão de usar a camisinha.

 

“O Carnaval acontece em uma das épocas mais quentes do ano. As altas temperaturas, aliadas ao esforço de pular e dançar, fazem a pessoa transpirar muito, se desidratar e perder nutrientes e vitaminas. Se proteger dos fortes raios UV evita queimaduras e o câncer de pele. Pés e músculos precisam de cuidados especiais para aguentar a intensidade de movimentação. O consumo excessivo de álcool é outro grande perigo. As relações merecem toda atenção, pois um beijo despretencioso pode deixar marcas para toda vida e as relações sexuais podem transmitir doenças como aids e hepatite, além de causar uma gravidez indesejada”, alerta o secretário da Saúde, dr. Pedro Mello.

 

“Olha, olha, olha a água mineral”

No ritmo das marchinhas, samba e do axé, o folião pula o Carnaval inteiro e esquece de se hidratar corretamente. Além de transpirar mais do que o normal, a ingestão de bebidas alcoólicas facilita a desitratação. Para manter o corpo saudável, aproveite a estação para se refrescar com sucos naturais, água de coco e bebidas isotônicas, que também ajudam a repor os sais minerais. Os sucos de frutas são uma ótima opção, pois, além de hidratar, fornecem um açúcar natural (frutose) que repõe a energia gasta e impede a hipoglicemia.

 

Cerveja não é água

Quando se fala em hidratação, cerveja e refrigerantes estão do lado oposto. As bebidas alcoólicas são potencialmente diuréticas e, por isso, promovem a eliminação de líquidos muito maior do que a ingestão em si e podem provocar desidratação. A dica é, além de moderar no consumo de álcool, intercalar um copo de bebida alcoólica com um de água. Dessa forma, os efeitos negativos, e até a ressaca, ficam mais brandos. Comer alguma coisa enquanto bebe também faz bem, pois mantém a glicose estável no sangue e evita que você passe mal.

 

Não abuse dos energéticos

Algumas substâncias, como o pó de guaraná e as bebidas energéticas, dão mais pique para curtir o Carnaval. Contudo, essas substâncias são ricas em cafeína e, se consumidas em excesso, atrapalham o sono, causam gastrite e sobrecarregam o organismo, podendo levar até à arritmia cardíaca.

 

Sem dor de cabeça

Para evitar que a noite anterior seja uma lembrança viva e dolorosa na cabeça, deve-se evitar a ressaca. O ideal é beber com moderação, sem se esquecer da água, se alimentar corretamente e descansar o tempo suficiente para recuperar as energias. Se abusou do álcool, o folião deve evitar apelar para os remédios indicados para a ressaca. O ácido acetilsalicílico pode provocar gastrite, principalmente durante a ressaca, quando o estômago já está comprometido. O paracetamol associado ao álcool pode levar a alterações de funcionamento do fígado. Outros remédios para evitar os efeitos da bebedeira podem conter uma combinação de substâncias que ajudam a evitar os sintomas, mas não reparam os danos ao corpo.

 

Comer para repor as energias

Durante a folia é dispendida muita energia. Para repor as forças, o recomendado é fazer uma refeição ou um lanche reforçado, com alimentos ricos em carboidratos (pão, arroz, batata, mandioca, milho, macarrão) antes de sair para a festa, para ter bastante energia. É bom evitar alimentos ricos em gorduras, que tornam a digestão mais lenta e causam a sensação de estufamento. Durante a folia não se deve ficar mais do que quatro horas sem se alimentar. O indicado é buscar alimentos leves e que favoreçam a rápida digestão, como barrinhas de cereais, frutas desidratadas, sanduíches naturais e sucos de frutas. Passado o Carnaval, o folião pode fazer uma dieta desintoxicante, com muita água, água de coco e sucos naturais, pobres em gorduras e carboidratos refinados. Isso ajudará a limpar e reequilibrar o organismo.

 

Cochilo básico

Nem só de folia se vive no Carnaval. É fundamental tirar um tempo para descansar. O corpo precisa de seis a oito horas por dia para se regenerar. Caso não haja esse período de descanso, fica muito difícil manter o ritmo nos quatro dias. Em algum momento o organismo dará sinais de cansaço e esgotamento. Caso a folia vá até tarde, se deve fazer uma compensação dormindo até mais tarde. Se não for possível, tirar um bom cochilo durante o dia já ajuda.

 

Lá vem o sol

No verão desta temporada o sol está brilhando intensamente. A incidência dos Raios Ultravioletas (UV) está cada vez mais agressiva e os cuidados devem ser redobrados. É importante usar chapés/ bonés, camisetas e protetor solar, reaplicado de duas em duas horas. Deve ser evitada a exposição das 10h às 16h.

 

“Ai, ai ai ai”

Não é raro as pessoas sentirem fortes dores musculares após a folia. Para quem tem uma vida sedentária, os excessos do Carnaval podem trazer prejuízos como torções e fraturas de tornozelo e lesões no joelho. Para chegar os final dos quatro dias de festa sem dores, a sugestão é fazer uma programação de exercícios, que pode incluir aeróbica, musculação e alongamento, antes de cair no samba. A escollha do calçado certo também é essencial. Nada de salto alto para correr atrás do trio! Os saltos elevam os calcanhares e concentram todo o peso do corpo na frente dos pés, aumentando os riscos de lesões nas articulações, tendão de aquiles, joelho e coluna vertebral. As rasteirinhas e chinelos também não são uma boa opção. O mais indicado é usar sapatos confortáveis, de preferência tênis com amortecimento.

 

“Hein?!?!”

O motor do Carnaval é a batucada fervorosa. Para quem gosta de ficar perto da caixa de som, os traumas podem ser permanentes, levar a perda parcial da audição, zumbidos momentâneos ou irreversíveis. Já para aqueles foliões que se expõem ao barulho, mas em uma intensidade não tão grave, o risco é de sofrer com a chamada Perda de Audição Induzida por Ruído (PAIR), em que há uma perda contínua e lenta.

 

A voz sumiu!

Em ambientes com nível de som muito alto, a tendência é aumentar o tom da voz ou gritar para ser ouvido. Isso faz com que as cordas vocais sofram desgaste e o resultado mais evidente é a rouquidão. Isso ocorre porque, como qualquer parte do corpo, quando a musculatura vocal é forçada, ela fica cansada, podendo surgir edemas que deixam a voz rouca ou calos vocais, que fazem a rouquidão se prolongar. Para amenizar ou prevenir a voz rouca, aposte na hidratação das cordas vocais, consumindo bastante água, além de descansar. Outro fator que prejudica as cordas vocais é o choque térmico provocado por bebidas geladas. Por isso, é recomendado deixar a bebida um pouco na boca antes de engolir. A medida vai fazer com que a temperatura do líquido se adapte a temperatura corporal e a voz não sofra prejuízos.

 

“Beija beija, tá calor, tá calor”

A “pegação” é uma das marcas do Carnaval, mas o folião não deve sair distribuindo beijos. Existem alguns vírus que podem ser passados também pelo beijo. A mononucleose infecciosa, conhecida como a "doença do beijo", é transmitida, principalmente, dessa forma. Ela pode causar febre, dor de garganta e até aumento do baço e do fígado. A herpes labial também é adquirida através do beijo. Uma vez adquirida, ela será companheira por toda vida. Basta uma situação estressante ou alguma queda da imunidade para que as bolinhas avermelhadas apareçam na mucosa da boca. Contudo, a herpes só é transmissível enquanto estiver aparente.

 

“Bota a camisinha, bota meu amor”

Depois dos beijos, o clima costuma esquentar e o sexo acontece com muito mais frequência e muitas doenças são transmitidas pelo ato sexual. A contaminação pelo vírus da Aids, da gonorreia, da herpes e da sífilis pode ocorrer numa única relação. Usar a camisinha é o método mais eficaz de prevenir essas DSTs, além de evitar uma gravidez indesejada. Optar por métodos contraceptivos, como a pílula do dia seguinte, pode prejudicar o organismo, pois causam alterações hormonais e não previnem a contaminação de doenças.

 

“O Carnaval é uma festa que atrai muitos turistas ao Brasil. O brasileiro, em sua maioria, gosta da folia e aproveita o período para extravassar. Mas é preciso fazer isso com cuidado e responsabilidade para não se arrepender depois. A principal orientação e jamais esquecer a camisinha e respeitar ao próximo. Evite brigas e confusões, caia na folia com espírito de alegria e diversão”, finalizou Pedro Mello.

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