SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIRACICABA

Redução da infestação do Aedes aegypti em Piracicaba é recorde

28 de fevereiro de 2014 • Coordenação DAF

A redução dos indicadores de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, registrada no mês de janeiro em Piracicaba é recorde para o período e mostra queda acentuada nos três índices – Breteau, Predial e Recipientes. O desempenho pode contribuir para a diminuição dos casos da doença no município e reflete a intensificação do trabalho da Secretaria Municipal de Saúde a partir do segundo semestre de 2013 e também a falta de chuvas registrada no início deste ano.

“São números bastante positivos. Fomos ajudados pelos baixos índices pluviométricos durante o período da pesquisa, entre 20 e 31 de janeiro, mas os dados refletem também o trabalho da Secretaria de Saúde, pois houve redução no Índice de Recipientes, que é algo que depende do trabalho da Secretaria e da conscientização da população e não tem interferência das chuvas”, afirma André Rossetto, coordenador do Plano Municipal de Combate à Dengue (PMCD).

Tabela 1 – Evolução dos índices de Breteau, Predial e de Recipientes em Piracicaba 

Indicador

2011

2012

2013

2014

IB

4,5

4

3,3

1

IP

3,5

2,9

3

0,8

IR

6,2

5,8

5,1

3

Responsável por coordenar o levantamento, Rossetto aponta a redução sistemática dos indicadores nos últimos quatro anos, como mostra a tabela 1. “Em todos os índices de infestação avaliados no mesmo período (janeiro) notamos uma queda sistemática nos últimos quatro anos, com uma queda acentuada neste ano”, disse.

Com exceção da região Norte, com IB de 2,9, todas as demais regiões do município registraram, na pesquisa de janeiro, um Índice de Breteau com valor abaixo do recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde. “Isso é algo bastante improvável para o período, mesmo com a escassez de chuvas”, avalia Rossetto.

Tabela 2 – Índice de Breteau por região do município 

Índice de Breteau (IB)

 

2011

2012

2013

2014

Norte

3,8

6,1

2,5

2,9

Sul

7,7

2,7

4,8

0,2

Leste

4

3,4

4,7

0,8

Oeste

3,6

3,7

2,5

0,2

Centro

3,4

3,3

2,1

0,4

 

Diante do quadro encontrado na região Norte, a Secretaria decidiu reforçar as ações no local. Os arrastões realizados com sucesso pelas equipes do PSF (Programa Saúde da Família) entre os meses de agosto e janeiro serão repetidos na área que inclui bairros como Bosques do Lenheiro, Jardim Gilda e Vila Sônia. “Além de apresentar os maiores índices de infestação, a região Norte foi a que registrou o menor número de casos nos últimos dois anos. Isso nos leva a indicação de que se houver novamente uma transmissão pelo vírus tipo 4, a área seria a mais afetada e por isso vamos manter nossa atenção e intensificar as ações de controle de criadouros e do vetor nesta região”, destaca o secretário de Saúde, Pedro Mello.

RECIPIENTES
O Índice de Recipientes não apresenta comportamento homogêneo nas regiões do município. As regiões Norte e Centro mostram estabilidade em relação a 2013, enquanto a região Sul registra crescimento entre 2011 e 2013 e uma queda significativa este ano. Outra que apresenta queda considerável em 2014 é a região Leste.

No levantamento, foram pesquisados 4.252 imóveis em 55 bairros do município de Piracicaba. Entre os cinco bairros que apresentaram maior índice de infestação pelo Aedes aegypti, quatro estão localizados na região Norte (tabela 3).

Tabela 3 – Ranking do Índice de Breteau Infestação por Aedes aegypti 

RANKING DO ÍNDICE DE BRETEAU – JANEIRO DE 2014

BAIRRO

IB

Santa Teresinha

7,31

Parque Piracicaba

4,76

Vila Sônia

3,28

Bosques do Lenheiro/ Jd.Gilda

2,81

Vila Monteiro

2,24

Nova Piracicaba

1,96

Castelinho

1,96

Vila Fátima

1,81

Parque São Jorge (Guamium)

1,81

10º

Tupi

1,69

11º

Mario Dedini

1,17

 

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