O HFC (Hospital dos Fornecedores de Cana) de Piracicaba e a Santa Casa de Misericórdia irão receber um aporte extra de R$ 16,87 milhões anuais. A verba integra o projeto Santas Casas SUStentáveis, criado pelo governo do Estado para auxiliar os hospitais filantrópicos paulistas a cobrirem o déficit financeiro. A previsão é que repasse tenha início em fevereiro.
O Santas Casas SUStentáveis tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de um parque hospitalar de referência no Estado de São Paulo, capaz de prestar serviços de saúde de qualidade e resolutivos, de média e alta complexidade, para atender as necessidades e demandas da população, em especial a quem é encaminhado pelo setor de regulação do acesso, e integrar as redes de atenção à saúde no Estado.
Ao todo, 114 hospitais serão beneficiados e passarão a receber um montante de R$ 535 milhões anuais. Na região do DRS-X (Departamento Regional de Saúde) de Piracicaba, serão contemplados, além do HFC e da Santa Casa, a Santa Casa de Misericórdia de Limeira.
A Santa Casa de Piracicaba irá receber recursos extras na ordem de R$ 781.978,82 mensais, totalizando R$ 9.383.745,84 anuais. Já o HFC irá receber 624.189,47 mensais ou R$ 7.490.273,64 anuais.
Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (30), o prefeito Gabriel Ferrato afirmou que o momento é de celebração. “Vivemos de perto as angústias de nossos hospitais e em outubro aumentamos o contrato de prestação de serviços em 38%, algo inédito no município. Somando-se a essa verba do governo estadual, temos certeza que Piracicaba entra num cenário de calmaria na questão hospitalar, pois as unidades irão garantir atendimento à população piracicabana”, disse Ferrato.
O secretário de Saúde, Pedro Mello, reconheceu o esforço dos hospitais em prestar atendimento médico de qualidade à população, mesmo em momentos de dificuldades. “Acreditamos que agora, com a soma dos esforços do município e do Estado, que os hospitais terão a conta fechada. É um recurso que tem uma série de critérios e parâmetros para qualifficar ainda mais o atendimento prestado”.
Esses recursos devem ser aplicados pelos hospitais exclusivamente no custeio de ações de atenção à saúde e de qualificação da gestão, sendo vedado seu uso para pagamento de dívidas já efetuadas.
Uma comissão de monitoramento regional, constituída por técnicos do DRS-X, representantes do hospital e da gestão municipal irá fiscalizar a aplicação desses recursos, que serão revistos semestralmente. Conforme o desempenho dos hospitais, os mesmos podem ascender ou descer de categoria.
Entre as metas que os hospitais devem cumprir haverá índices quantitativos (número internações e procedimentos clínicos e cirúrgicos de média e alta complexidade) e qualitativos (taxa de ocupação hospitalar – leitos SUS; taxa de infecção hospitalar, índice de permanência [clínica, cirúrgica, obstétrica e pediátrica]; taxa de mortalidade institucional; visita do serviço social ao leito; taxa de satisfação do cliente; protocolos; incentivo ao aleitamento materno, entre outros).
Provedor da Santa Casa, Adilson Zampieri afirma que os recursos dos governos municipal e estadual vai permitir que a direção do hospital “durma tranquila”. “Isso vai nos permitir continuar a investir na saúde da população de Piracicaba e região”, disse.
Para José Coral, diretor da Afocapi (Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba), mantenedora do HFC, a decisão é muito importante. “Fizemos em outubro a melhor contratualização dos últimos 20 e poucos anos e isso foi um reconhecimento do nosso esforço para atender a população. Com mais essa verba do governo estadual teremos melhores condições de prestar um serviço de qualidade”.
