SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIRACICABA

Saúde dá dicas para prevenção da bronquiolite

22 de maio de 2014 • Coordenação DAF

Causada principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VRS), a bronquiolite se caracteriza pelo inchaço e acúmulo de muco nas passagens menores de ar nos pulmões (brônquios e bronquíolos) e afeta geralmente crianças menores de dois anos de idade. Bastante comum nessa época do ano, por conta do tempo seco, a doença causa um alto número de internações hospitalares, mas a adoção de medidas simples pode contribuir para a redução no número de casos.

De acordo com a médica pediatra Flávia Soares de Sá, a maioria dos casos registrados é causada pelo vírus, mas fatores genéticos, o clima e o ambiente onde vive a criança podem influenciar. “A maioria dos casos de bronquiolite não são fáceis de evitar porque os vírus que causam a doença são comuns no meio ambiente. A lavagem cuidadosa das mãos, especialmente em torno dos bebês, pode ajudar a prevenir a disseminação de vírus respiratórios. Além disso, os membros da família com uma infecção respiratória superior devem ser especialmente cuidadosos ao redor dos bebês. É recomendado lavar as mãos com frequência, especialmente antes de lidar com a criança”, alerta a especialista.

A bronquiolite começa como uma leve infecção respiratória superior. Durante um período de dois a três dias, a criança desenvolve mais problemas respiratórios, incluindo chiado e tosse asmática apertada. Os principais sintomas são pele azulada (devido à falta de oxigênio) – que necessita de tratamento de emergência, dificuldade de respirar (chiado no peito e falta de ar), tosse, fadiga, febre e respiração rápida. “Essa época do ano é muito comum o surgimento de infecções respiratórias superiores que não geram internação, como asma e bronquite, mas geram atendimentos e acúmulo de pacientes nas UPAs. O tempo seco influencia muito e as chuvas escassas intercalando dias secos não contribui em nada”, diz Flávia.

A médica alerta que a criança com bronquiolite deve ser levada imediatamente ao pronto-socorro caso fique extremamente cansada, apresente pele, unhas e lábios na cor azulada, comece a respirar rápido, tiver resfriado que piore de repente e dificuldades para respirar.

São fatores de risco para a bronquiolite a proximidade com a fumaça de cigarro, bebês com idade inferior a seis meses, prematuridade, bebês que não são amamentados com leite materno e que vivem em aglomerações. “A maioria dos medicamentos não ajuda no tratamento da bronquiolite. A recomendação é que a criança ingira muito líquido, como água, leite materno e fórmulas infantis, além do uso de umidificadores no ambiente e de muito repouso para a criança”, destaca a pediatra.

A médica alerta sobre a importância de se manter a higiene do ambiente onde vive a criança. “O cigarro é um componente bastante nocivo. Deve-se evitar não apenas fumar perto da criança, como não fumar dentro de casa e nem pegar o bebê com as mãos com cheiro de cigarro. Outro importante fator são os tapetes, que devem ser evitados, pois acumulam muita poeira, o que é prejudicial às crianças”.

 

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